Apresentação
No coração do Oeste catarinense, a história de São João do Oeste se entrelaça com a saga dos colonizadores alemães que, no início do século XX, transformaram uma região de mata virgem em um próspero município. Liderados pelo Volksverein (entidade colonizadora do Rio Grande do Sul, que adquiriu a área, loteou-a em colônias), esses pioneiros moldaram a identidade cultural e o desenvolvimento da região, legando um rico patrimônio histórico e religioso.
A colonização de São João do Oeste, foi impulsionada pela ação do Volksverein, que atraiu agricultores alemães para a região. A fé católica era um dos pilares da comunidade, e a construção de capelas e escolas era uma prioridade. Apesar das dificuldades impostas pela natureza e pela falta de infraestrutura, os colonos, com sua força de trabalho e espírito comunitário, transformaram a mata virgem em áreas produtivas. Atualmente, São João do Oeste é um município próspero, com uma rica herança cultural e religiosa, marcada pela imponência da Igreja Matriz São João Berchman, um dos maiores templos de madeira da América Latina.
No interior do Município a entrada dos primeiros desbravadores nas diferentes comunidades se deu entre os anos de 1926 a 1940 sendo que as primeiras comunidades a receberem os colonos foram as de Macuco, Fortaleza, Jaboticaba e Ervalzinho, isto pela facilidade de acesso por via fluvial.
A sede teve o seu início de colonização em 1932 com a celebração de uma missa pelo Pe. Teodoro Treis. Após esta data gradativamente os colonos do Rio Grande do Sul adquiriram terras e vinham penetrando nas matas e ocupando as suas posses.
Como o ponto central das Comunidades já estava definido através de uma colônia de terra, doada pela colonizadora, tão logo que um certo número de habitantes passava a residir no perímetro da comunidade começavam os trabalhos para a construção de uma capela e uma escola, sempre com o incentivo dos padres católicos uma vez que os colonizadores, como previam as normas do Volksverein todos tinham que ser católicos e de origem alemã.
Durante diversos anos a evolução de São João, tanto da sede como do interior foi muito lenta, isto em virtude das dificuldades de comunicação e comércio. O abastecimento dos primeiros habitantes vinha pelo Rio Uruguai. A sede de São João do Oeste como muitas outras comunidades tiveram a sua via de comunicação através de estradinhas de um metro de largura – “meterweg” – feitas pelos próprios agricultores com pá e picareta. Estas mesmas estradinhas foram, em muitos casos posteriormente alargadas e deram origem às atuais estradas.
Os 162 km² do Município, quanto ao relevo, são classificados em terras acidentadas – 50%; terras onduladas – 30% e terras suavemente onduladas – 20%, o que permite concluir que apenas em torno de 20% das terras são mecanizáveis.
No setor hídrico São João do Oeste é cortado por três arroios maiores: Arroio Macuco, Arroio Fortaleza e Arroio Dourado, que com os seus afluentes desembocam no Rio Uruguai. Outra confluência de águas é formada pelo vale do Arroio Jundiá que forma limite com os municípios de Iporã do Oeste e Tunápolis.
O subsolo do Município, pelo que pôde ser constatado nas tentativas de poços artesianos, é bastante pobre em água, sendo que as águas potáveis todas são procedentes dos arroios ou fontes superficiais.
Em vias de comunicação São João do Oeste é cortado em aproximadamente 20 km pela SC 472, asfaltada, que porém não atinge a sede do Município. As demais estradas são todas municipais.
A sede do município está ligado a SC 472 com acesso asfáltico pela SC 493.
O clima do Município é temperado apresentando variações acentuadas de temperatura de 0º até acima de 40º e também grande variação de precipitações pluviométricas; nos meses de inverno geralmente as chuvas são intensas e prolongadas e o verão muitas vezes é marcado por estiagens.
O município é composto, além da sede, pelas seguintes comunidades: Cristo Rei, Beato Roque, Macuco, Vale Pio, Ervalzinho, Jaboticaba, Alto Macuco, Medianeira, Palmeiras, Fortaleza e Itacuruçu.