Notícias

Município efetua construção de ponte em La. Jaboticaba

  A Administração Municipal de São João do Oeste substituiu toda a estrutura de uma ponte na comunidade de La. Jaboticaba. As cabeceiras da nova ponte são de concreto e o restante da estrutura foi feita com madeira tratada. O investimento facilita o escoamento da produção agrícola e o tráfego de veículos em geral. 

  A ponte conta com um vão livre de 4m; largura de 7m; altura de 3m. O custo da estrutura de concreto foi de aproximadamente R$28.000,00. A madeira somou a quantia de 16m³ de toras, colhidos e instalados pela Secretaria de Obras. O custo do tratamento químico ficou em aproximadamente R$10.000,00. Uma análise primária permite apurar uma economia maior que R$10.000,00; instalação e liberação rápida da cobertura e boa estabilização do material terroso sobre a madeira. A estimativa da vida útil é superior a 15 anos.

Confira a seguir, uma análise feita pelo Engenheiro Agrônomo, Pedro Canísio Heberle:

UMA PONTE DE MADEIRA EM 2018

    ‘‘Uma ponte com madeira nos avançados tempos de 2018’’, pasmaram-se alguns! O palpitante experimento realizado pela Prefeitura Municipal de São João do Oeste merece aclaração para a opinião pública.

    A obra em questão é a ponte mista executada sobre o Arroio Jaboticaba nas cercanias da granja da Cooper A1, localidade da Linha Jaboticaba. O projeto contemplou uma estrutura mista, com a base em concreto armado e a cobertura com troncos roliços de eucalipto tratado sobreposta com cascalho. As imagens (em anexo na matéria) elucidam as etapas construtivas e o resultado final.

      Diremos quantas vezes for necessário, que as técnicas e recursos empregados outrora nas construções com as madeiras nativas, não devem ser integralmente forjadas ao uso com material proveniente de reflorestamento de eucaliptos, pois suas características são muito diferentes. Ademais, a maior parte das construções em madeira que conhecemos não são projetadas e executadas por pessoas habilitadas, resultando na sua baixa competitividade.

    A presente iniciativa vem a atender a necessidade do experimentalismo comparativo, com vistas a mostrar sua viabilidade. Até hoje, só trabalhamos nossas pequenas pontes com madeiras serradas. Tal prática, com os materiais atuais, só serve para desperdiçar resistência mecânica, tratabilidade da madeira e dinheiro. Assim entendendo, bastou colher o material, esperar a secagem, preparar as peças, trata-las em autoclave e, por fim, a sua instalação no local projetado.

     Os dados do setor de engenharia são: vão livre de 4m; largura de 7m; altura de 3m. O custo da estrutura de concreto foi de aproximadamente R$28.000,00. A madeira somou a quantia de 16m³ de toros, colhidos e instalados pela Secretaria de Obras. O custo do tratamento químico ficou em aproximadamente R$10.000,00. Uma análise primária permite apurar uma economia maior que R$10.000,00; instalação e liberação rápida da cobertura e boa estabilização do material terroso sobre a madeira. A estimativa da vida útil é superior a 15 anos, fator que o tempo tratará de elucidar. Por fim, a madeira de eucalipto, por ser abundante, sustentável e barata, merece melhor uso.